quarta-feira, 26 de setembro de 2012

As palavras que dizes

Eu sei que tu nem te importas, nem queres saber, nem estás aí. Sei que eu me agarro ás tuas palavras, eu reclamo que desta vez vai ser diferente, mas dou por mim a procurar por ti na multidão, a querer estar contigo. Adoro quando tenho a tua atenção, e quando me olhas do jeito que só tu consegues. Não vou mentir, eu ainda te amo, mas de nada me vale, e espero que sejas tu a dizer - me olá e a vir ter comigo, só para sentir que sou algo para ti. Bem, eu não me esqueço do que me fizeste, mas para ser honesta, o coração diz para avançar e ser burra de novo, tenho saudades dos teus abraços.. Mas a cabeça grita para virar as costas, e magoar - te como tu me magoaste a mim. Será que sou capaz, ou voltarei á mesma estupidez do ano passado.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Mais um degrau

Hoje foi um dia, tanto igual, a subir mais um degrau na escada da felicidade. Os mesmos professores, as mesmas rotinas, o mesmo calor, as mesmas cadeiras.. E como sempre, os corredores constroem mais memórias, as minhas últimas, e as primeiras de outras. Hoje arrisquei - me e fiz a temida educação física de calções, para a maioria das raparigas da minha turma, nada de mais, mas para mim.. Foi . Nem pensei muito nisso, porque tínhamos de estar sempre em movimento, e estava imenso calor, mas foi bom, ao menos em muito tempo, ter um pouco de confiança em mim. Hoje sinto - me cansada e exausta, ultimamente gosto mais de estar na escola.. E de falar contigo, acima de tudo. Tenho comido como deve de ser, e sinto - me menos fraca, mas vou continuando a fazer o exercício.. Devagar, a subir as escadas da felicidade, ou lá como se diz.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

um dia desigual

E hoje, um novo dia começou. Levantei - me como habitual, á mesma hora da manhã, mais cedo que muita gente, e fui correr, e senti - me livre, com o vento na cara, sozinha e apenas com os meus pensamentos e a minha música. Na noite anterior, tinha feito um pacto com a minha mãe: recomeçaria a tomar o pequeno almoço, em troca de comer ou só sopa ou só fruta ao jantar. Pareceu - me bem, tendo em conta que como almoço sozinha, podia fazer o mesmo ao almoço.. Em segredo, claro. Cheguei a casa, e comi uma fruta, senti - me bem, e fui tomar um duche, pois as minhas aulas iam começar. Demorei a hora habitual na casa de banho, como sempre, para sair imperfeita, mas ao menos mais composta, relembro as nossas conversas na noite anterior, e pergunto - me porque penso em ti, e não na pessoa que mais me tem feito feliz nestes últimos tempos.. mas que não me corresponde simplesmente. É então que decido ir á balança, não sei porquê, não sei como, dei por mim já estava lá em cima, com medo, muito medo. Os números iam correndo, e eu relaxei e pensei para mim própria que não era aquilo que ia definir o que eu era, o que eu iria ser mais tarde.. E foi então que parou. E parou num número.. estranho. Eu não estava á espera. Tinha emagrecido dois quilos desde a semana passada, e tendo em conta que há um mes que nao emagrecia e mantinha - me sempre frustrada por continuar no mesmo número.. Isto era uma vitória.. E fiquei feliz como há muito não estava. Fui para a escola confiante, e assim fiquei o dia todo. Vi - te ao de longe, mas nem tive coragem de ir falar contigo, talvez porque.. não sei. Parecias - me bem, e eu estava bem. E mesmo longe um do outro estávamos bem. Foi então que aquele rapaz me veio á cabeça.. Ele não devia estar a pensar em mim como eu estava nele.. O Federico.. Devia lutar por ele.. Mas algo me diz que não que não vale a pena. As aulas foram passando, fui - me sentido cada vez mais cansada.. E cheguei a casa, deitei - me e limitei - me a ligar o computador. E então tu chegaste, e á semelhança de todo o fim de semana vieste dizer - me um alegre olá, chamaste - me feia como sempre, e sorri ao ler o que escrevias, mas sempre ciente que não sou dependente de ti. E tentei ser fria, mas estou bem.. Simplesmente se não quero gostar de ti , não gosto.. Eu estou bem, estou feliz. Acho.

domingo, 16 de setembro de 2012

Nunca vou perceber - te por completo, nem nunca vou querer. Afastas - me, mas depois dás esperanças de algo. Deixas - me de falar, mas depois procuras - me. Deixas de me atender o telefone, e depois pedes novamente o meu número. Dizes que não queres saber do que ando a fazer ou que fiz, mas depois andas por aí a perguntar por mim. Demorei tempo a tentar esquecer - te, e não vou deixar esse meu trabalho ir por água abaixo, só porque agora decidiste... ter saudades minhas.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Um erro hoje, menos um erro amanhã.

Indirecta por indirecta vou - me declarando, és a única pessoa com quem não consigo ser frontal, a minha vontade de te abraçar desapareceu, sinto - me fraca, talvez por ainda não ter comido, cada vez que me tratas mal, dás - me vontade de deixar de comer simplesmente, emagrecer, mostrar que sou melhor que tu. Como é que passo horas inteiras na casa de banho, me sinto bem, e chego ao pé de ti e sinto - me.. inferior, abaixo de cão por assim dizer ? Quem te deu o direito de me fazeres isso? Não queres a minha presença, bom para ti, eu nunca insisti, quem fez porcaria foste tu, quem me magoou foste tu, quem foi estúpido foste tu, quem me pos assim foste tu. Ensinaste - me a gostar de ti, mesmo sabendo que tantas outras pessoas me poderiam amar, mas mesmo assim, deixaste - me , deixaste que eu caísse na ilusão, eu deixei - te entrar na minha vida, ainda achas que estás no direito de algo ? Achas mesmo que podes fazer o que queres comigo? Eu sou uma pessoa, eu tenho sentimentos, ou pelo menos tinha, mas parabéns, fizeste com que eu descesse completamente do pedestal onde me pus, só para me rebaixares, mais do já me sentia , publicamente, muito obrigada , a sério. Não te desejo nada de bom, quero que sofras como sofri, quero que te sintas porcaria, és detestável, continuas o mesmo porco de sempre. Fica bem.

O último dia do fim.

Hoje foi o último primeiro dia ali, naqueles corredores de que falo tanto. As mesmas pessoas, mais altas, alguns mais bonitos, outros mais feios, outros nunca mudam. Não tinha assim tantas saudades, mas ao menos vejo pessoas de quem tinha saudades. O nosso reencontro foi normal aos olhos de todos, mas digo que para mim não foi, voltei a sentir aquela chama dentro de mim, que insisto apagar, aquela chama que me mantém viva, aquela chama que me prende no teu olhar de todas as vezes que te vejo. Não vou fingir que estou aborrecida por te ver todas as dias.Fico feliz, estou feliz por te poder ver, e já não teres o olhar gélido, mas isso é mau sinal. Com o olhar gélido, sei que ainda sentias algo, nem que fosse ódio. Agora estás caloroso, ris, e mesmo que não nos falemos, já não tenho medo de me aproximar de ti, fazes- me lembrar o rapaz que conheci e por quem me apaixonei no ano passado. Será que isso signifca que ultrapassaste ? Que já não há lá nada para mim ? Eu estou diferente, aproveito melhor a vida, faço aquilo que mais gosto, sem ti ao meu lado, mas bem cá no fundo, continuo a mesma miúda a quem disseste que era única e especial ; se me amaste uma vez, porque não amarias outra? Fico perdida nos meus pensamentos, enquanto caminho pelos corredores, e volto á realidade. As coisas não são preto no branco, aquilo que era já não foi. O meu desejo era olhar - te nos olhos e dizer "eu estou aqui, vem" e perder - me nos teus braços como outrora já fiz, remexer no teu cabelo e chatear - te.. Como se nada tivesse acontecido, apagar os erros e as coisas más, e dar um passo atrás no tempo. Eu que reclamo estar diferente, eu que reclamo ser mais inteligente nestes assuntos do coração, eu que me afasto de muita gente para não ser enganada como fui contigo, basta ver - te, que todas as minhas expectativas e convicções se vão e tu sem noção que eu.. eu ainda te amo, mas não tenho coragem de gostar de ti.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

As tais festas..

Hoje estive de novo perante a tentação, com muito medo. Eu pedi á minha mãe para não ir, eu não tenho andado muito festiva. Há uma coisa que devem sempre saber acerca de festas na minha família: eles fazem comida para um exercito. Se comes, "cuidado que estás muito mais gorda", se não comes "devias comer, se ficares muito magra ficas feia e não é bonito." É assim que funciona na minha família, cada vez mais detesto aquela gente, só gosto dos meus pais e irmãos, mas ninguém sabe o que é sentires te observada se comes algo. E és igualmente observada se não comeres algo, és observado se tens uma expressão triste. Eles servem para criticar, afinal, não é? Digam lá que eles só querem o meu bem.. Não é bem assim. Eu não me orgulho de ser especialmente bonita, social ou com um bom corpo. Digam o que quiserem, elogiem - me, eu tenho estas ideias fixas na cabeça que já não saem. O meu único porto de abrigo é a minha inteligência, o facto de ser uma das melhores alunas da minha turma , não sei.. Nunca precisei de me auto gabar, os meus pais faziam - no por mim, e eu não me sentia mal se me chamassem de gorda, ou muito magra, ou feia. Eu não compro inteligência. Mas parece que não é suficiente, parece que ninguém quer saber da única coisa a que me saio bem. Por isso não gosto das tais festas de família, não gosto dos olhares. Não gosto que comentem acerca da minha única fraqueza, como se eu nem estivesse lá. Não gosto de comer algo, e com um simples comentário, enfiar - me na casa de banho a chorar, á espera que ninguém repare, á espera que ninguém note na minha aflição, no meu enjoo por comida, das pessoas. Será que se um dia eu acabar numa cama de hospital, doente, magra, fraca, vão começar a reparar no que me fazem? Será que já não basta a pressão que recebo das lojas, da televisão , das miúdas lindas do facebook ? Será que já nem na "família" me sinto segura? Eles nem sabem do impacto que as palavras deles tem na minha cabeça...

terça-feira, 4 de setembro de 2012

IG

Ele não pára o jogo quando mando mensagem, ele olha para outras raparigas quando está comigo . Ele chama - me de chata, parva, ignora - me quando bem lhe apetece, e quando está com os amigos mal olha para mim, e quando olha é muito discreto. Ele não me vai dar a mão na rua, ele brinca comigo, e eu bato - lhe muito, quando faço birra, ele vira - me as costas, e espera que fique mais calma, quando estou mal ele compra - me gomas, e por vezes, fica em silêncio ao pé de mim sem dizer absolutamente nada, porque sabe que o silêncio me faz bem. Ele não me liga a meio da noite, e não gosta quando lhe ligo de manhã porque el dá muito valor ao seu sono, mas mesmo assim não deixa de ser uma das pessoas mais importantes de sempre. Ele não é meu namorado, é estúpido, e já esteve lá para mim, e bastava eu ligar quando chorava, que ele vinha a minha casa em menos de 5 min. Agora estamos afastados, mal nos falamos, mas eu tenho esperança que um dia ele perceba, que da mesma maneira que ele é meu amigo, eu serei sempre amiga dele.
IG , 4 de Setembro de 2012

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Algo especial..

Não existem pessoas frias, existem pessoas que aprenderam a bloquear os seus sentimentos. E eu sei bloqueá - los bem, desde que tu te foste, bem, eu não era capaz de gostar de outro alguém, porque doía muito, mas não podia demonstrar o que sentia ás outras pessoas. Eu levei á letra aquela frase "sorri de dia, chora de noite", e era isso mesmo que eu fazia até há bem pouco tempo. E se eu agora bloqueio sentimentos e emoções, é um bocado estranho. Chorar, já não choro, e se choro não é pelas mesmas razões de antes. A tristeza, o choro a dor, sabem a diferente, sabem a raro. Será que me tornei uma pessoa completamente diferente do que era? Posso permitir - me a deixar alguém entrar finalmente na minha cabeça, no meu coração. Eu não quero , tenho medo, mas no fundo tenho esta esperança de não sei.. voltar a ser como antes. EU não estou a ser sincera acerca daquilo que sinto por ele , talvez porque eu pus os meus sentimentos por ti debaixo da cama e nunca mais lhes peguei. Claro, acabou, especialmente para ti, mas eu não sei como lidar com isso, eu decidi ignorar um pouco isso, e seguir em frente, sem uma espécie de fechar de livro; o que agora se revelou uma armadilha. Eu estou - me a auto - sabotar, porque tenho medo do que possa acontecer se nutrir um sentimento especial por outro alguém que não tu. Mas esta pessoa faz - me sorrir, e faz - me chorar de tanto rir, e o meu coração bate mais depressa se o vejo ou falo com ele. Pela primeira vez em muito tempo , sinto - me feliz, o que é uma sensação estranha. Mas estas coisas boas, trazem também um truque; se eu admitir para mim que gosto dele, as outras complicações vêm, como se ele gostar de mim, ciumes, distancia, e tu principalmente.. Eu simplesmente vou ficar calada, e mais uma vez, enfiar os meus sentimentos debaixo da cama.

domingo, 2 de setembro de 2012

Quero ser..

Eu sofri. Mas eu não vou deixar - me ir abaixo porque outro alguém decidiu brincar comigo. Hoje sei ser mais forte, sinto - me orgulhosa de mim. Sei que não deito mais lágrimas. Apaguei essa parte da minha vida, e não tenho tanta vida como antes, mas um dia irei ter novamente, aquele sorriso sincero de que tanto gosto. Hoje sei que sou alguém diferente, e agora já não estou triste. E posso não estar assim tão feliz, mas estou a caminhar, quero voltar a estar de cabeça erguida, a mim já não me deitam abaixo ! E se já gozaram com a minha cara, com aquilo que era, eu já não sou aquela pessoa que deixava isso passar, para se ir refugiar em comida, hoje sei que posso ser alguém diferente e que sou muito mais do que aquilo que julgam e pensam, sou mais do que me pintam. Passei a ser uma zé ninguém, para ser alguém naquela escola , naquele mundo, custa - me todos os dias, mas passei a ser de pedra, passei a ter mais cuidado, passei a gostar mais de gostar de mim. Amanhã será um novo dia, eu pensava que a dor não ia acabar, e provavelmente não vai tão depressa, mas posso ser alguém diferente. Eu sei que posso. Eu sei que sou.