segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

hipocrisia

Sim, tive preguiça de vir aqui escrever durante 20 dias acerca do que realmente se passa, talvez porque cada vez que abro isto, aparece alguém a chatear, incomodam - me essas pessoas hipócritas, incomoda - me a familia, os primos, AS TIAS principalmente, irrita - me os colegas, irrita - me as pessoas que passam o Natal e ficam todas infelizes porque não receberam 5 ténis cada um de 140 euros, irritam - me aqueles que não estudam, não ajudam, e depois neste dia do ano recebem tudo dos papás, mas é assim a vida, é assim que a sociedade é, não o Natal não me irrita, o que me irrita são as pessoas que acham que o mundo vai acabar se não tiverem as calças de 100 euros vestidas, se não tiverem o certo swag pelo qual acham que conseguem por uns ténis novos. Bem, meu filho, tu estás enganado, se achas que não tens nada, que és pobre e recebes nada, quando tens tudo, imagina o que é seres fixe com todos, teres notas fixes, ajudares fixe, ser amiga fixe, a namorada fixe, e quase todos virarem as costas, sim Feliz Natal "amigos" e que o Pai Natal vos tenha dado consciência que ser fixe um dia por ano não vos compra entrada para o céu.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Isto de não escrever consome - me. Tentei deixar de o fazer, pois sei que se pensar na minha vida, entro numa espiral pura de sofrimento, e não sou capaz de me expor a isso. Mas hoje, aqui e agora , vou fazê lo, porque não aguento mais ! Não aguento ficar calada, enquanto vejo toda a gente a fazer as suas vidas, a seguir em frente. Ainda há 3 meses eu dizia, que tinha saudades dos corredores, a agitação, as memórias . Porque é que tudo não volta ? Todos os dias passo por aquele chão, os mesmos sítios, e tento não pensar muito, tento afastar - me, mas tudo volta. Hoje faria 11 meses, 11 meses de nada, 11 meses de sonhos destruídos, 11 meses de ilusão, 11 meses que me levaram á loucura, 11 meses que me levaram para um sítio escuro, sozinha, rodeada de pessoas, mas sozinha, e sim , sinto - me sozinha, é como se não sentisse mais nada, é como se estivesse a escrever e o coração não bate. E sei que isso é impossível, porque enfim, ele bate, e nunca foi literalmente "partido", mas encaro o meu coração como um músculo, e como musculo, foi tão apertado, que agora não passa de um monte de células vermelhas com veias e artérias por volta, na minha cabeça , a minha imagem dele, é qualquer coisa pequena, já utilizada, deitada fora, suja, algo estragado, como sem substituição . Encaro a minha vida assim, e agora mesmo no sentido literal. Até o meu quarto é assim. O meu blogue está assim . A minha cabeça assim. As minhas relações assim . Distorcidas, acabadas, estagnadas, deixadas de lado . Os sentimentos mais fortes que tenho contra as pessoas que amo é a raiva , imcompreensão ,  desilusão, tristeza, alguns porque me deixaram, não lutaram, não ficaram, não perceberam ! Outros porque não os quero magoar, e continuam comigo, mas não consigo dar - lhes o devido valor. É como se me sentisse sufocada, é como se não respirasse, é como se não houvesse mais vida. Como se o meu corpo estivesse preso, como se não soubesse mexer - me ou viver como deve de ser sem eles. Tenho de lhes olhar para a cara todos os dias, pessoas que agora olham para mim como se fosse uma estranha, como se não tivesse acontecido nada. Dá vontade de gritar, gritar no meio dos corredores : O QUE É QUE EU VOS FIZ DE MAL PARA ME MAGOAREM ASSIM ?
Não , eu não sou forte, mas eu vou aprender a viver como tal. Com ou sem coração, sozinha ou não, com pensamentos distorcidos ou não . Eu também sei seguir em frente, eu sei ficar calada, eu sei ficar em silêncio e ver aquelas pessoas que disseram: já não me importas , caírem no chão, sem ninguém para os apanhar. Eu sei esperar, eu sou paciente. Eu fui durante 11 meses.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Pensamentos das 9 da matina

Começo a repensar na vida e naquilo que realmente dou valor. Se vale sequer a pena viver num mundo onde me julgam. Há uma razão para eu ter um blogue, talvez porque é o meu pequeno mundo, um sítio onde não me podem vir insultar, e julgar - me. Talvez porque escrever acalma - me. Talvez porque, mesmo sem ninguém ler, aqui sinto - me bem e valorizada, exprimo os meus sentimentos através de palavras. Que um dia serão deitadas fora, que nunca ninguém irá ler. O problema de expor os nosso sentimentos é que acabaremos por sair magoadas dessa determinada situação. Há o risco de ninguém entender, ou simplesmente não querer perceber.. Eu já expus os meus, a uma pessoa que acabou por se ir embora da minha vida, e agora quer entrar de novo, mas eu não vou deixar. Eu perdoo tanta coisa, e traição também já perdooei, mas não significa que esqueça ; e eu não quero esquecer. Quero lembrar - me até ao resto dos meus dias o que aconteceu, quero ser mais esperta e ter o olho mais aberto, ser mais fechada e menos sorridente. Quero olhar para trás e dizer "eu aprendi com aquilo". Não, eu não vou ser mais feliz se comprar os ténis que quero, ou se perder os últimos 5 quilos, ou se tiver um namorado lindo, loiro de olhos azuis, ou se tiver mais de 1000 amigos, se tiver rapazes sempre em cima de mim, porque isso é tão escasso e tão sem nexo, porque eu já tive algo assim, e foi - se tudo, e nunca tinha sido feliz, porque não gostava de mim, e achei que podia amar incondicionalmente alguém, alguém que me dava gozo mandar abaixo, porque tinha medo que se fosse embora, e no final foi.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

A minha rotina é practicamente igual ultimamente. Tenho fome, durmo pouco, não tenho paciência para estudar. Os meus olhos estão cansados. Tenho de levantar pessoas do chão, mas eu estou no chão há muito, e com ou sem ajuda, continuo lá encravada, mas em silêncio para ninguém perceber. Choro muito sozinha. Digo que não, mas não é verdade. Evito chorar á frente de alguém, qual seria o propósito? Nunca conseguiria explicar o porquê de chorar. "Estou cansada". Sim, estou cansada, mas se o dissesse ninguém o acreditaria. Tenho 14 anos, e estou carregada ás costas. Sou mal disposta, e mal encarada, está frio, e só queria alguém que me abraçasse e me desse um bocadinho de atenção. Admitir isto perante alguém é vergonhoso, é um sinal que sou mimada e uma criança em busca de atenção, mas é isso que eu sou. Eu sou uma criança, eu quis crescer depressa demais, eu tenho poucos amigos e dou - me para social, tenho de me esforçar imenso para ter boas notas, subi a fasquia bem alto, para os meus pais, amigos, professores, e todo o mundo e mais alguma coisa, então de que me queixo? Tu deitas - te na cama que fazes.

domingo, 14 de outubro de 2012

A fé e outros casos.

Há uma coisa em especifica da qual eu nunca falei aqui: a minha fé. Eu acredito em Deus, no Céu, Jesus, e tudo o mais que a bíblia possa dizer.
Qualquer pessoa que me conheça bem, sabe que cresci a ir a uma igreja, Assembleia de Deus. Posso dizer que sou Cristã Evangélica. Eu não vou por - me aqui a dizer de como gosto de ir á igreja, e como aquilo é fixe, porque não é disso que se trata. É mesmo só de fé. Eu cresci a ensinarem - me certos valores que vêem na bíblia, tais como respeitar os pais, ter tento na língua, não te dês com jugo desigual (traduzindo: não namores rapazes não crentes), fica virgem até ao casamento. Tudo para mim , me parece natural, não complicado, afinal, até mais ou menos ao ano passado cumpri practicamente isto tudo. Filhinha perfeita, pois é, consideravam - me assim. Neguem como quiserem, mas foi assim mesmo que me classificaram. Eu tinha sempre boas notas, excelentes até, estava em boa forma, sorria muito , etc, até o comboio ter descarrilado, neste caso, eu.
E eu já desobedeci tanto a Deus, que já perdi a conta. Não me parece natural falar com ele. Talvez porque dou por mim a pensar: Onde estás? E porque me tiras tudo a que eu um dia já tinha dado valor? Já tive pessoas que me disseram que Deus tira - nos pessoas da nossa vida, porque elas não são as correctas para estar lá. Mas as pessoas que supostamente são correctas, são as que eu quero que saiam. Simplesmente sim. Eu costumava ter duas grandes amigas na minha igreja. Duas pessoas com quem eu podia falar acerca da minha vida, e ter uma resposta minimamente á luz da palavra de Deus, e elas este Verão, foram para França.. para nunca mais voltar. A partir do momento em que iniciei o meu namoro "não cristão", tudo começou a ser diferente para mim. Estava restrita de certas coisas, era e sou pecadora, perante o grupo de jovens da minha igreja. Não tentando apontar o dedo.. mas quem não é? Eu compreendi o porquê de já não estar envolvida ali, porque não estava de coração comprometido, afinal esta apaixonada pelo jugo desigual.
As pessoas pensaram talvez que eu nunca o fosse fazer, porque a minha mãe, crente também, casou com um homem que era o tal jugo desigual. Detesto o casamento deles. A única coisa boa a retirar foram os filhos. Detesto viver nesta casa, é tóxico.
As discussões com a minha mãe agravam - se, assim como as do meu pai. Qualquer comentário que eu faça está errado. Está tudo errado. Estou sempre errada. Eles não fazem ideia, que todas as noites, caio na cama, e choro. E mesmo fazendo a tal oração "rotineira" nunca me sinto melhor, simplesmente durmo, á espera de acordar no dia seguinte, com grandes olheiras. E enfim.
E é aqui que eu pergunto: onde estás Deus?

Eu sou uma pessoa que acredita em Deus, Jesus, Céu. Se eu morresse agora, talvez fosse para o Inferno. E só pelo facto de eu ter dito "talvez" isso significa que iria mesmo para o Inferno. Porque fui burra, porque a minha ligação com Deus foi - se. A partir do momento em que o vi a tirar tudo de mim, a partir do momento em que hoje tenho mais vontade de morrer que nunca. O suicídio nunca me passou pela cabeça, porque sei que não iria acabar com o meu sofrimento. Seria uma eternidade de tortura no Inferno.
Por isso, cada vez que alguém se suicida, e eu sei, tenho a certeza absoluta que o plano de "vamos acabar com o meu sofrimento", para além de falhar, foi fazer ainda pior.
Sim, eu acredito nisto tudo, no entanto não o estou a seguir. Não me considero capaz de seguir a Deus, nem o mereço... Mas apesar disso, é só Deus mesmo que conhece verdadeiramente o que se passa na minha vida, disso tenho a certeza? Será que ele vai continuar a assistir?

terça-feira, 9 de outubro de 2012

A revolta contra o sistema..


Num país como o nosso, o que não falta são notícias do que tem acontecido com a crise, e as medidas de austeridade aplicadas recentemente. O governo fala, fala, mas nunca deu voz a nós, jovens, que também temos sentido tudo o que a crise pode “oferecer”.. Mas acredito que a nossa opinião seja toda igual.
Bom, não é segredo nenhum, que o nosso país deu uma volta de 360º nestes últimos anos. A crise afetou o mundo inteiro, especialmente a Europa, e vemos que o nosso país já foi considerado como lixo tóxico; quando muitos pais nossos vieram para cá para melhorar as condições de vida. Já não existem pessoas ricas; só há pessoas pobres, umas mais espertas que outras, que ainda conseguem fugir á miséria. A realidade dos nossos pais não nos afetava assim tanto quando ainda tínhamos 10 anos, e eles ainda disfarçavam o facto de não haver nem um cêntimo na carteira, e quando eles diziam: compro – te isto quando for final do mês e tiveres boa nota naquele teste (nada a ver, era só porque era final do mês). Mas agora já não há por onde negar, as pessoas que eram pobres, agora já não há nome; e aquelas que ainda viviam bem, estão a ver anos de trabalho e esforço irem por água abaixo com as medidas de austeridade que assolaram o nosso país; e nós , sem poder fazer nada. Eu, na minha honesta opinião, até ao final do ano passado, nem queria saber muito da crise, da troika, e de todas aquelas coisas que o governo e seus representantes iam para a televisão falar.  Mas hoje em dia, só é burro quem ainda não sabe que nós nos estamos a afundar, se é que já não nos afundámos. Já não é um problema dos nossos pais, mas sim nosso. Começou a ser nosso problema, quando o governo começou a extrair tudo o que os nossos pais já não têm, pondo as culpas em nós. Diz o novo estatuto do aluno, que dás uma falta de atraso, e terás uma falta de presença, até aqui razoável. Onde é que começa a revolta ? Ah, já sei. Quando eles dizem que essa falta se transforma numa multa, que os teus pais tem de pagar. Não me venham dizer que isto é para melhorarmos o nosso comportamento, assiduidade, pontualidade, etc. O governo tem uma divida, e mesmo depois das medidas de austeridade, eles querem ir buscar na educação ! Os materiais escolares cada vez mais caros, querem tirar – nos férias, e ainda dão a desculpa que é para o nosso bem. Onde está o nosso bem? E o dos nossos pais? Eles tiram onde podem e onde não podem, e depois admiram – se de que queremos sair do nosso país. Nós somos obrigados a isso! O sentimento de revolta é igual em todos nós, que ainda temos alguma noção do que se tem passado. Sabemos que não devia ser assim, que todos os nossos sonhos não deviam estar condicionados só porque… só porque sim. E se a culpa é do governo, porque não pagam eles? Porque tem de ser os nossos pais, para mais tarde sermos nós? Porque não se desfazem eles dos fatos de marca que dariam para alojar famílias, porque não deixam de tentar aparentar que vai ficar tudo bem? Ninguém aqui quer palavras, esperança, governantes ladrões e mentirosos. O nosso silêncio para eles, é como se disséssemos que estamos bem, que nos vamos resignar por sermos obrigados a sair do nosso país, porque aqui não há hipótese alguma de sermos alguém.
Mas a culpa não é só do governo que tem arruinado o nosso país. Sim, pensem também nas pessoas que votam. Nós não precisamos das mesmas lutas de partidos de 4 em 4 anos. Nós precisamos de mudança, e isso não acontece, porque o baralho de cartas é sempre o mesmo. Mesmo para quem não percebe de política, sabe – se que os partidos são sempre os mesmos, e que as pessoas que votam tem a responsabilidade de mudar isto; afinal são eles mesmo que se queixam do nosso país, no entanto contribuíram para a eleição do 1ºministro e de tantos outros.
A situação atual do nosso país? Teriam de inventar uma nova palavra para descrever o quão pobre ficámos e iremos ficar ainda mais se continuarem a insistir tirar tudo o que as pessoas têm de uma só vez..

Plenamente

Acredito plenamente que quando o rapaz que gostas deixa de te falar , de te dar atenção , se ser a mesma pessoa que era contigo , deixa de preocupar contigo é porque há outra ; ele gosta de outra e quer tirar - te da mente . Não te deixes enganar por isto. Ele nunca te vai dizer na cara , nunca te vai dizer nada . Vai tentar fugir de ti a força toda e mesmo que o puxes ele não vira , irá desaparec
er . Tu vais entender aos poucos , porque , não vais querer viver a verdade porque algo na tua mente ,diz que ainda pode acontecer quando não . Nunca confies , nem acredites a 100 % nas pessoas é sempre uma treta . Espera ate teres uma idade fixa e conheceres alguém maduro. Achas que o ele tinha coragem de te chegar na cara e dizer 'Eu gosto de outra' ?. Não , não teria .Ia dizer essa porcaria de cena que não queria magoar, que não te queria fazer mal . Onde estavam os sentimentos dele ? Onde estava a coragem para falar tudo de uma vez ? Porque e que te fez esperar ? Porque e que os rapazes fazem nos esperar e nós raparigas esperamos? Os rapazes não esperam por ninguém eles conseguem ir em frente , eles mudam de página facilmente porque a eles não dói tanto . O erro e pensar que o rapaz vai estar sempre lá para nós . O erro e abrir toda a nossa vida para ele acreditando nas promessas estúpidas que eles nos fazem . Nada é eterno . Algumas pessoas quando estão apaixonadas (ou melhor dizer PANCA TEMPORÁRIA ) dizem tudo e mais alguma coisa e quando acaba já nem se lembram e tipo perfume quando o pões ficas com o cheiro horas e horas e ficas bem , quando acaba não sentes a fragrância e deixas de sentir . Como é que eles definem o amor ? Ninguém sabe amar . Só Deus mesmo .
Eu não sei se vou puder gostar de outra pessoa , não sei, não da maneira como gostei DELE. Daqui a uns tempos talvez, eu vou dizer "só tinha 14 anos, agora passou tudo" e aí serei capaz.
Não desesperes vais gostar de outros e vais deixar de sentir isso tudo que sentes . Caga , é a vida .Avança corre porque é o teu futuro que esta em jogo . Não penses que és feia , não penses que não podes ser melhor.Vais sofrer , vais estar magoada, mas sê firme, vai tudo correr bem . Mesmo que tenhas o coração despedaçado, vai em frente .Acredita em ti. Plenamente

sê homem.


Ouve com atenção aquilo que vou aqui escrever. Já que não me respeitaste, ao menos lê, ao menos sente estas palavras que estão prestes aqui a ser lidas. E talvez vejas um bocado do meu ponto de situação. Cada uma destas coisas que aqui vou por já me escorreu pelos os olhos, noites seguidas, quando depois de cada telefonema te sentia distante, quando dizias que a culpa era só minha, quando me fazias acreditar que era um monstro, que tinha de mudar por ti. Hoje vejo que aqui o único monstro és tu. Isto não é um “até já”, não é um “adeus” . É um fim, um virar de página, mas não és tu que fica com a última palavra.
Então aqui vai. Tudo começou há muito tempo, eu ainda era jovem, assim como tu, éramos pessoas bastante diferentes do que somos hoje, passaram – se quase dois anos depois de tudo ter começado a acontecer. E agora relembro passo a passo, memória a memória. Tu foste o meu 1ºamor. A 1ºpessoa de quem gostei a sério. A 1ºpessoa que me fez sentir “crescidinha”, segura, feliz totalmente apenas com um simples “olá” de longe, um sorriso roubado no meio de estranhos, talvez tenha sido o problema, eu contentar  - me com tão pouco teu. Mas afinal é isso, quando amas, não esperas nada em troca, ao menos eu pensava assim, mas depois eu vi as coisas de maneira diferente. Aí eu comecei a sentir – me mesmo especial, porque tu tinhas ciúmes meus. Tu me fazias sentir protegida. Acima de tudo, tu fazias com que as outras raparigas nada parecessem ao meu lado, porque tu sim, sabias fazer – me sentir bem, talvez por isso, te tenha escolhido por cima de todos os outros rapazes que me tentaram abrir os olhos. Era a tua fama, as tuas conquistas, as raparigas atrás de ti, as conversas escondidas. Mantíamos em segredo todo aquele nosso amor, e custava – me imenso, passar por ti, e nem poder olhar para ti como deve de ser, com medo que os teus amigos descobrissem. Mas tudo isso era apagado, quando falavas comigo e me acalmavas, e me fazias ver que afinal.. nós não precisávamos de um título , um rótulo para sermos algo, para sentirmos algo.
Quando o ano passado começou, pensei por momentos que as coisas fossem mudar, mas havia sempre alguma coisa que impedia que assumíssemos, que tornássemos a nossa relação “real”, qualquer desculpa que arranjavas, mas eu amava – te. E isso chegava mesmo, não digo que a culpa tenha sido só tua, porque também foi minha, devia ter visto mais cedo, devia ter percebido, mas não quis. Qualquer momento contigo, para mim dava, sabia bem, e aprendi a gostar do secretismo envolvido. Afinal, eu pensava que seria recompensada por toda a minha paciência, mas isso nunca aconteceu. Eu nunca conseguia ver. Perdi várias pessoas, vários amigos talvez porque eles me tentaram avisar, e eu nem queria ouvir, nunca quis, porque aí teria de aceitar a realidade.
Depois, comecei a receber a atenção de vários rapazes. Coisas normais, achei. Tu também tinhas as tuas “amigas”, havia boatos sobre elas. Via – te na escola com elas, abraçava – las, ias para sítios mais escondidos com elas, afinal, secalhar podias fazer com elas o que fazias comigo. Mas eu nunca me podia chatear com isto. Agora tu? De cada vez que falava com alguém, de cada vez que sabias, eu merecia tudo de mau. O teu desprezo. O castigo. Deixavas –me de falar logo que soubesses de tal coisa, eu era a pior pessoa do mundo, o tal monstro. Mas eu nunca via.
Tu tinhas um jogo tóxico, que nem eu , nem as outras “jogadores” viam, só as pessoas de fora assistiam a tal espetáculo. Bem, o nosso namoro secreto tornou – se monotonia para ti. Querias sempre mais, querias avançar mais, e eu via que há medida que recusava me davas menos atenção, te davas com outras mais, fiquei insegura. Eram todas lindas, mais velhas, e pensei que talvez fosses gostar mais delas do que de mim.. E foi aí que confiei tudo em ti. Movida pelas tuas promessas e do “vai correr tudo bem”, para além do coração, entreguei outra coisa, que nunca mais recuperaria. Se me arrependo? Nunca, eu sabia o que estava a fazer. Só não sabia com quem me estava a meter. E por mais que me tentasse convencer que a nossa relação era mais que o físico, que falávamos, que eu te conhecia, era tudo uma mentira. Acusaste – me de só te querer para te tocar, mas no fundo isso eras tu, tu é que querias só estar comigo para me usares e deitares fora. Agora cansaste – te, e foste – te embora, dizes que não lutei por ti, mas.. Mas é mentira e tu sabes, implorei que ficasses, implorei que não me deixasses. Disse que te amava, que  nunca te quis perder, mas a isso nunca deste valor. E sofri imenso, e quem fica com a fama sou eu, e tu com o proveito. Agora sei que mais iguais a mim virão, irás enganá – las, e atraí – las para o teu jogo. E serás o PLAYER vencedor. Tu não gostas de perder, certo? Eu deixei – te ganhar então, foi uma luta perdida. Mas eu não te deixei, eu não me afastei, eu não deixei de te ver, não porque me cansei de ti. Porque me cansei das tuas atitudes. E cansei – me de ser burra. Sabes, eu amei – te mesmo. Eu pensava que eras homem a sério. Mas tu tens paciência para jogar… Mas eu não jogo com os sentimentos dos outros. Fica bem.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Eu nunca soube o que era sofrimento quando finalmente dei por mim a desejar alguém que neste momento não precisa de mim, nunca soube o que era amor a sério quando dei por mim a perdoar erros que um dia já disse que nunca perdoaria, custa - me saber que não te posso abraçar, que enquanto pensas devo estar longe de ti, sei que pensas que me vais magoar, mas o teu desprezo doi muito mais do que qualquer outra coisa, não consigo ficar aqui e fingir que está tudo bem, que não doi, não consigo dizer "adeus", virar as costas, e ir - me embora, quando quero que digas "VOLTA PARA MIM", mesmo sabendo que isso não vai acontecer, continuo com a esperança, e custa - me adormecer só de pensar na potencialidade toda da nossa relação.. E detesto acordar para a realidade de que não precisas de mim, não como eu preciso de ti, só quero que volte tudo a como estava muito antes, não sei o que é pior : ser enganada docemente, ou ser confrontada com a cruel realidade que talvez não gostes de mim como eu gosto. Nenhum grito solto de raiva poderia exprimir aquilo que realmente sinto, quero ter - te comigo e nunca mais soltar, esquecer as coisas do passado, e olhar em frente, amo - te.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

As palavras que dizes

Eu sei que tu nem te importas, nem queres saber, nem estás aí. Sei que eu me agarro ás tuas palavras, eu reclamo que desta vez vai ser diferente, mas dou por mim a procurar por ti na multidão, a querer estar contigo. Adoro quando tenho a tua atenção, e quando me olhas do jeito que só tu consegues. Não vou mentir, eu ainda te amo, mas de nada me vale, e espero que sejas tu a dizer - me olá e a vir ter comigo, só para sentir que sou algo para ti. Bem, eu não me esqueço do que me fizeste, mas para ser honesta, o coração diz para avançar e ser burra de novo, tenho saudades dos teus abraços.. Mas a cabeça grita para virar as costas, e magoar - te como tu me magoaste a mim. Será que sou capaz, ou voltarei á mesma estupidez do ano passado.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Mais um degrau

Hoje foi um dia, tanto igual, a subir mais um degrau na escada da felicidade. Os mesmos professores, as mesmas rotinas, o mesmo calor, as mesmas cadeiras.. E como sempre, os corredores constroem mais memórias, as minhas últimas, e as primeiras de outras. Hoje arrisquei - me e fiz a temida educação física de calções, para a maioria das raparigas da minha turma, nada de mais, mas para mim.. Foi . Nem pensei muito nisso, porque tínhamos de estar sempre em movimento, e estava imenso calor, mas foi bom, ao menos em muito tempo, ter um pouco de confiança em mim. Hoje sinto - me cansada e exausta, ultimamente gosto mais de estar na escola.. E de falar contigo, acima de tudo. Tenho comido como deve de ser, e sinto - me menos fraca, mas vou continuando a fazer o exercício.. Devagar, a subir as escadas da felicidade, ou lá como se diz.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

um dia desigual

E hoje, um novo dia começou. Levantei - me como habitual, á mesma hora da manhã, mais cedo que muita gente, e fui correr, e senti - me livre, com o vento na cara, sozinha e apenas com os meus pensamentos e a minha música. Na noite anterior, tinha feito um pacto com a minha mãe: recomeçaria a tomar o pequeno almoço, em troca de comer ou só sopa ou só fruta ao jantar. Pareceu - me bem, tendo em conta que como almoço sozinha, podia fazer o mesmo ao almoço.. Em segredo, claro. Cheguei a casa, e comi uma fruta, senti - me bem, e fui tomar um duche, pois as minhas aulas iam começar. Demorei a hora habitual na casa de banho, como sempre, para sair imperfeita, mas ao menos mais composta, relembro as nossas conversas na noite anterior, e pergunto - me porque penso em ti, e não na pessoa que mais me tem feito feliz nestes últimos tempos.. mas que não me corresponde simplesmente. É então que decido ir á balança, não sei porquê, não sei como, dei por mim já estava lá em cima, com medo, muito medo. Os números iam correndo, e eu relaxei e pensei para mim própria que não era aquilo que ia definir o que eu era, o que eu iria ser mais tarde.. E foi então que parou. E parou num número.. estranho. Eu não estava á espera. Tinha emagrecido dois quilos desde a semana passada, e tendo em conta que há um mes que nao emagrecia e mantinha - me sempre frustrada por continuar no mesmo número.. Isto era uma vitória.. E fiquei feliz como há muito não estava. Fui para a escola confiante, e assim fiquei o dia todo. Vi - te ao de longe, mas nem tive coragem de ir falar contigo, talvez porque.. não sei. Parecias - me bem, e eu estava bem. E mesmo longe um do outro estávamos bem. Foi então que aquele rapaz me veio á cabeça.. Ele não devia estar a pensar em mim como eu estava nele.. O Federico.. Devia lutar por ele.. Mas algo me diz que não que não vale a pena. As aulas foram passando, fui - me sentido cada vez mais cansada.. E cheguei a casa, deitei - me e limitei - me a ligar o computador. E então tu chegaste, e á semelhança de todo o fim de semana vieste dizer - me um alegre olá, chamaste - me feia como sempre, e sorri ao ler o que escrevias, mas sempre ciente que não sou dependente de ti. E tentei ser fria, mas estou bem.. Simplesmente se não quero gostar de ti , não gosto.. Eu estou bem, estou feliz. Acho.

domingo, 16 de setembro de 2012

Nunca vou perceber - te por completo, nem nunca vou querer. Afastas - me, mas depois dás esperanças de algo. Deixas - me de falar, mas depois procuras - me. Deixas de me atender o telefone, e depois pedes novamente o meu número. Dizes que não queres saber do que ando a fazer ou que fiz, mas depois andas por aí a perguntar por mim. Demorei tempo a tentar esquecer - te, e não vou deixar esse meu trabalho ir por água abaixo, só porque agora decidiste... ter saudades minhas.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Um erro hoje, menos um erro amanhã.

Indirecta por indirecta vou - me declarando, és a única pessoa com quem não consigo ser frontal, a minha vontade de te abraçar desapareceu, sinto - me fraca, talvez por ainda não ter comido, cada vez que me tratas mal, dás - me vontade de deixar de comer simplesmente, emagrecer, mostrar que sou melhor que tu. Como é que passo horas inteiras na casa de banho, me sinto bem, e chego ao pé de ti e sinto - me.. inferior, abaixo de cão por assim dizer ? Quem te deu o direito de me fazeres isso? Não queres a minha presença, bom para ti, eu nunca insisti, quem fez porcaria foste tu, quem me magoou foste tu, quem foi estúpido foste tu, quem me pos assim foste tu. Ensinaste - me a gostar de ti, mesmo sabendo que tantas outras pessoas me poderiam amar, mas mesmo assim, deixaste - me , deixaste que eu caísse na ilusão, eu deixei - te entrar na minha vida, ainda achas que estás no direito de algo ? Achas mesmo que podes fazer o que queres comigo? Eu sou uma pessoa, eu tenho sentimentos, ou pelo menos tinha, mas parabéns, fizeste com que eu descesse completamente do pedestal onde me pus, só para me rebaixares, mais do já me sentia , publicamente, muito obrigada , a sério. Não te desejo nada de bom, quero que sofras como sofri, quero que te sintas porcaria, és detestável, continuas o mesmo porco de sempre. Fica bem.

O último dia do fim.

Hoje foi o último primeiro dia ali, naqueles corredores de que falo tanto. As mesmas pessoas, mais altas, alguns mais bonitos, outros mais feios, outros nunca mudam. Não tinha assim tantas saudades, mas ao menos vejo pessoas de quem tinha saudades. O nosso reencontro foi normal aos olhos de todos, mas digo que para mim não foi, voltei a sentir aquela chama dentro de mim, que insisto apagar, aquela chama que me mantém viva, aquela chama que me prende no teu olhar de todas as vezes que te vejo. Não vou fingir que estou aborrecida por te ver todas as dias.Fico feliz, estou feliz por te poder ver, e já não teres o olhar gélido, mas isso é mau sinal. Com o olhar gélido, sei que ainda sentias algo, nem que fosse ódio. Agora estás caloroso, ris, e mesmo que não nos falemos, já não tenho medo de me aproximar de ti, fazes- me lembrar o rapaz que conheci e por quem me apaixonei no ano passado. Será que isso signifca que ultrapassaste ? Que já não há lá nada para mim ? Eu estou diferente, aproveito melhor a vida, faço aquilo que mais gosto, sem ti ao meu lado, mas bem cá no fundo, continuo a mesma miúda a quem disseste que era única e especial ; se me amaste uma vez, porque não amarias outra? Fico perdida nos meus pensamentos, enquanto caminho pelos corredores, e volto á realidade. As coisas não são preto no branco, aquilo que era já não foi. O meu desejo era olhar - te nos olhos e dizer "eu estou aqui, vem" e perder - me nos teus braços como outrora já fiz, remexer no teu cabelo e chatear - te.. Como se nada tivesse acontecido, apagar os erros e as coisas más, e dar um passo atrás no tempo. Eu que reclamo estar diferente, eu que reclamo ser mais inteligente nestes assuntos do coração, eu que me afasto de muita gente para não ser enganada como fui contigo, basta ver - te, que todas as minhas expectativas e convicções se vão e tu sem noção que eu.. eu ainda te amo, mas não tenho coragem de gostar de ti.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

As tais festas..

Hoje estive de novo perante a tentação, com muito medo. Eu pedi á minha mãe para não ir, eu não tenho andado muito festiva. Há uma coisa que devem sempre saber acerca de festas na minha família: eles fazem comida para um exercito. Se comes, "cuidado que estás muito mais gorda", se não comes "devias comer, se ficares muito magra ficas feia e não é bonito." É assim que funciona na minha família, cada vez mais detesto aquela gente, só gosto dos meus pais e irmãos, mas ninguém sabe o que é sentires te observada se comes algo. E és igualmente observada se não comeres algo, és observado se tens uma expressão triste. Eles servem para criticar, afinal, não é? Digam lá que eles só querem o meu bem.. Não é bem assim. Eu não me orgulho de ser especialmente bonita, social ou com um bom corpo. Digam o que quiserem, elogiem - me, eu tenho estas ideias fixas na cabeça que já não saem. O meu único porto de abrigo é a minha inteligência, o facto de ser uma das melhores alunas da minha turma , não sei.. Nunca precisei de me auto gabar, os meus pais faziam - no por mim, e eu não me sentia mal se me chamassem de gorda, ou muito magra, ou feia. Eu não compro inteligência. Mas parece que não é suficiente, parece que ninguém quer saber da única coisa a que me saio bem. Por isso não gosto das tais festas de família, não gosto dos olhares. Não gosto que comentem acerca da minha única fraqueza, como se eu nem estivesse lá. Não gosto de comer algo, e com um simples comentário, enfiar - me na casa de banho a chorar, á espera que ninguém repare, á espera que ninguém note na minha aflição, no meu enjoo por comida, das pessoas. Será que se um dia eu acabar numa cama de hospital, doente, magra, fraca, vão começar a reparar no que me fazem? Será que já não basta a pressão que recebo das lojas, da televisão , das miúdas lindas do facebook ? Será que já nem na "família" me sinto segura? Eles nem sabem do impacto que as palavras deles tem na minha cabeça...

terça-feira, 4 de setembro de 2012

IG

Ele não pára o jogo quando mando mensagem, ele olha para outras raparigas quando está comigo . Ele chama - me de chata, parva, ignora - me quando bem lhe apetece, e quando está com os amigos mal olha para mim, e quando olha é muito discreto. Ele não me vai dar a mão na rua, ele brinca comigo, e eu bato - lhe muito, quando faço birra, ele vira - me as costas, e espera que fique mais calma, quando estou mal ele compra - me gomas, e por vezes, fica em silêncio ao pé de mim sem dizer absolutamente nada, porque sabe que o silêncio me faz bem. Ele não me liga a meio da noite, e não gosta quando lhe ligo de manhã porque el dá muito valor ao seu sono, mas mesmo assim não deixa de ser uma das pessoas mais importantes de sempre. Ele não é meu namorado, é estúpido, e já esteve lá para mim, e bastava eu ligar quando chorava, que ele vinha a minha casa em menos de 5 min. Agora estamos afastados, mal nos falamos, mas eu tenho esperança que um dia ele perceba, que da mesma maneira que ele é meu amigo, eu serei sempre amiga dele.
IG , 4 de Setembro de 2012

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Algo especial..

Não existem pessoas frias, existem pessoas que aprenderam a bloquear os seus sentimentos. E eu sei bloqueá - los bem, desde que tu te foste, bem, eu não era capaz de gostar de outro alguém, porque doía muito, mas não podia demonstrar o que sentia ás outras pessoas. Eu levei á letra aquela frase "sorri de dia, chora de noite", e era isso mesmo que eu fazia até há bem pouco tempo. E se eu agora bloqueio sentimentos e emoções, é um bocado estranho. Chorar, já não choro, e se choro não é pelas mesmas razões de antes. A tristeza, o choro a dor, sabem a diferente, sabem a raro. Será que me tornei uma pessoa completamente diferente do que era? Posso permitir - me a deixar alguém entrar finalmente na minha cabeça, no meu coração. Eu não quero , tenho medo, mas no fundo tenho esta esperança de não sei.. voltar a ser como antes. EU não estou a ser sincera acerca daquilo que sinto por ele , talvez porque eu pus os meus sentimentos por ti debaixo da cama e nunca mais lhes peguei. Claro, acabou, especialmente para ti, mas eu não sei como lidar com isso, eu decidi ignorar um pouco isso, e seguir em frente, sem uma espécie de fechar de livro; o que agora se revelou uma armadilha. Eu estou - me a auto - sabotar, porque tenho medo do que possa acontecer se nutrir um sentimento especial por outro alguém que não tu. Mas esta pessoa faz - me sorrir, e faz - me chorar de tanto rir, e o meu coração bate mais depressa se o vejo ou falo com ele. Pela primeira vez em muito tempo , sinto - me feliz, o que é uma sensação estranha. Mas estas coisas boas, trazem também um truque; se eu admitir para mim que gosto dele, as outras complicações vêm, como se ele gostar de mim, ciumes, distancia, e tu principalmente.. Eu simplesmente vou ficar calada, e mais uma vez, enfiar os meus sentimentos debaixo da cama.

domingo, 2 de setembro de 2012

Quero ser..

Eu sofri. Mas eu não vou deixar - me ir abaixo porque outro alguém decidiu brincar comigo. Hoje sei ser mais forte, sinto - me orgulhosa de mim. Sei que não deito mais lágrimas. Apaguei essa parte da minha vida, e não tenho tanta vida como antes, mas um dia irei ter novamente, aquele sorriso sincero de que tanto gosto. Hoje sei que sou alguém diferente, e agora já não estou triste. E posso não estar assim tão feliz, mas estou a caminhar, quero voltar a estar de cabeça erguida, a mim já não me deitam abaixo ! E se já gozaram com a minha cara, com aquilo que era, eu já não sou aquela pessoa que deixava isso passar, para se ir refugiar em comida, hoje sei que posso ser alguém diferente e que sou muito mais do que aquilo que julgam e pensam, sou mais do que me pintam. Passei a ser uma zé ninguém, para ser alguém naquela escola , naquele mundo, custa - me todos os dias, mas passei a ser de pedra, passei a ter mais cuidado, passei a gostar mais de gostar de mim. Amanhã será um novo dia, eu pensava que a dor não ia acabar, e provavelmente não vai tão depressa, mas posso ser alguém diferente. Eu sei que posso. Eu sei que sou.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

(...) se é que alguma vez te amou mesmo..

Ele não vai pensar que fez a maior asneira da sua vida, nem vai olhar para o telemóvel á espera de uma mensagem tua. Não vai morrer de saudades, nem de amor, não vai por fotografias com frases lamechas no facebook. Bem, ele nem vai falar de ti aos amigos, nem se vai queixar de te ter perdido, e SE pensar em ti.. Secalhar nem lhe vais calhar ao seu pensamento, não vale a pena pensar nisso. Quando ele te vir na rua, ele não vai ficar a pensar em como estavas linda, ou como o teu cabelo estava assim e assado, e tão pouco vai pensar: porque a deixei escapar? Ele não vai correr atrás de ti, vai arranjar outra rapariga qualquer que lhe faça o mesmo que tu fizeste, ou seja, dar lhe o coração, e vais ser substituivel, como se fosses descartável. Ele não te deu valor uma vez, então não vai dar das próximas, porque será mesmo assim. Tu ainda o amas, e tens saudades e tens essa esperança que um dia ele te volte a falar como antes, mas com ele não é bem assim. Para ele acabou, e o teu nome? É só mais um para a lista. A vossa música, as vossas declarações, conversas, e mensagens guardadas, para ele será nada, absolutamente nada, e talvez ele já tenha apagado tudo. Com toda a certeza ele não ficará com ciúmes quando te vir a falar com outro rapaz, e tão pouco lhe vai dar um aperto; enganas - te se pensavas que ia ser assim. Ele não vai querer saber se te magoou, não vai querer saber como ficaste, o que te aconteceu, se ainda sofres. Ele não vai querer saber da tua opinião sobre ele; ele não vai correr atrás de ninguém, não vai dar justificações a ninguém. E tem razão. Acabou, a vida dele continuou, e não te vai voltar a amar, se é que alguma vez te amou mesmo

Tempos passados..

Foi uma infância feliz, confesso, eu vivia nesta fantasia fechada. Talvez com medo que algum dia quebrasse, e não vou mentir, eu sabia que havia um mundo lá fora, e eu queri muito descobri - lo. Não me dava com outras crianças, queria alguém assim como eu, alguém curioso, alguém que me entendesse. Não entendia o porquê das outras crianças chatearem - se por motivos tão banais, quando eu só me chateava se a minha letra não saía sufecientemente perfeita. Antes? Eu queria era agradar e ser a preferida. Isso era antes. Depois acordei. Comecei a perceber, que este mundo, nem que fosses perfeita, te aceita. Pessoas que achei que estariam comigo sempre? Bem, já não estão. E no fundo só podemos contar connosco próprios. Viramos costas a quem mais nos ama, e ficamos com aqueles que mais nos desprezam, em busca de aceitação , de uma razão para ficar. Hoje compreendo, hoje vejo as coisas de maneira diferente. Eu queria pertencer a este mundo, e aqui estou eu. E no entanto parece que me vou arrastando a cada dia. SInto saudades de pessoas que não se importam comigo, que já nem pensam em mim. Acreditei no que não deveria acreditar. Todas as noites antes de dormir, penso em tudo, flashbacks da minha vida. De tudo, onde errei, o que fiz. Um dia chegarei lá, e agora ? Agora só quero agradar quem me quer bem. E honestamente? Só quero superar - me a mim própria.

Menos uma vitória..

Mais um dia, mais uma luta . Hoje, acordo, como sempre, e olho - me ao espelho, á espera de encontrar alguém diferente do que sou. Uma eu mais alegre, talvez. Os olhos ensonados contradizem - me, e observo cada feição da minha cara. Conto as borbulhas, á espera de encontrar a testa mais lisa, sentir - me mais bonita. Desato o rabo de cavalo e os caracois descem - me pelos ombros, e esboço um sorriso, treinando, aperfeiçoando. E como todas as manhãs, dirijo - me á balança, em espera de um número que me alegre o dia. E mais uma desilusão por alto. Dou graças a Deus por estar sozinha em casa, assim desiludo - me sozinha. O número continua igual, para meu desespero. O esforço do dia anterior persegue - me. O esforço de comer menos, controlar - me. Mal saio de casa, está calor, e estão todos a divertirem - se, arranjam sempre diversão. Mas tenho a cabeça cheia, isto persegue - me. Tomei a decisão de só voltar a encarar as pessoas como deve de ser se voltasse a emagrecer, ficar mais bonita. E podia neste momento estar a fazer exercício, e no entanto sento - me á frente do computador, em busca de conforto, em palavras, que, depois de lidas, não parecem escritas por mim. Comer? Só de pensar nisso, sinto - me sufocada. Quero sair deste corpo. Quero voar, quero sair daqui, conhecer novas pessoas, que não me julguem, que não saibam o meu nome. Quero uma nova vida, um refresh. Quem antes tinha tudo, agora nada tem, talvez porque a contar as estrelas, acabei por perder a lua. E não foi sempre assim?

Os corredores

É mais uma noite, talvez fique até tarde a tentar ler, ou a escrever, para amanhã acordar ás tantas, e deparar - me com as mesmas coisas, a mesma vida rotineira, pensar nas mesmas pessoas, e ouvir as mesmas músicas. Agora é só mais uma noite, mais uma noite, passada a sonhar com aquilo que não devia, a desejar aquilo que já não posso ter. E amanhã, se Deus quiser, estarei eu diante do espelho mais uma vez, mais uma luta por assim dizer, a sofrer por antecipação, por algo que demorará a acontecer. Hoje, confesso, pensei que te tinha visto e o meu coração parou, fiquei nervosa, e tudo ficou muito escuro, e assim cheguei a esta conclusão, que posso dizer a mim própria como me és indifirente, mas é mentira, muito mentira. E com esta hipótese de te confrontar, eu nem quero arriscar, não quero pensar nisso, mas a verdade? A verdade é que o teu nome ainda mexe comigo, e posso fingir agora, perante as pessoas, que simplesmente já não penso em ti, posso dizer que encontro outros rapazes. Mas quando te vir, quando voltares a ser a minha realidade novamente. Quando voltarmos áqueles corredores. A diferença? É que antes, eras a primeira pessoa a quem eu sorria, com quem eu ia ter. Aqueles corredores guardam história. E agora? Agora seremos mais uns estranhos, desta vez.. com memórias.

Same shit

Bem, mais um dia se passou, e aqui estou eu em frente ao computador mais uma vez. Agora sinto - me fresca, livre. Talvez seja estranho a minha definição de liberdade, ser estar em frente ao computador, a escrever uns quantos textos que mais ninguém irá ler, mas para mim isto é ser livre, expressar aquilo que sinto num lugar onde não me sinto negligenciada ou mesmo perdida. Só livre, a escrever, a colecionar palavras, para depois as usar. A minha vontade agora seria crescer, e fazer algo de útil com a minha vida, e escapar a estes anos (e ainda tenho muitos pela frente), a estes anos que tanto chamam de "idade do armário". A minha vontade é fazer isso, para depois me ver em casa, com filhos, casada, uma profissão, e não ter tempo para ir realmente ao computador e escrever meros textos. Nessa altura direi: quero voltar áqueles anos. Não sei quando acontecerá, nem sei porque é que as pessoas mais velhas fazem isso. Elas eram como eu, mas já se esqueceram. Elas não tinham o computador, mas tinham a sua definição de liberdade. Elas queriam crescer, e hoje em dia dão valor a cada momento em que estão sozinhos com os seus pensamentos. Eu não sei, eu sou tão nova, e já quero ultrapassar isto.. Estes são os anos em que escolhemos quem queremos ser, o que vamos fazer para o resto da vida.. Que idiotice, assim, escolher ? Eu sempre soube o que queria, e quando chega a hora, fico assim. Será que serei feliz? Será que daqui a uns anos vou estar a implorar por liberdade ? Será que vou ser feliz 

O despertar..

Hoje sei que posso ser alguém diferente, mas apetecia me sair daqui e talvez experienciar algo novo. As paredes do meu quarto são lindas, mas não quero estar limitada aqui. Quero ser feliz longe, e ninguém me percebe. Ninguém percebe o porquê da pressa para sair da minha zona de conforto. Eu estou perdida , não sei bem o que fazer. Passei grande parte das férias a perder tempo com alguém que enfim, não quis saber de mim , quando devia ter - me concentrado em mim mesma, naquilo que quero, naquilo que sou. Agora falta - me pouco para voltar aos tais corredores, e tenho medo de voltar e ser exactamente a mesma pessoa. Será que mudei radicalmente? Eu só queria conhecer novas pessoas, novas realidades talvez estar um bocado sozinha. E mesmo quando estou sozinha, não me sinto sozinha, sinto - o comigo, quer seja nos pensamentos, ou outra coisa qualquer , o que me irrita um bocado. Há pessoas que se vêm rodeadas de gente e se sentem sozinhas, mas eu estou sozinha, e sinto que estou acompanhada, mas não quero ser acompanhada por ele, mais uma vez fico assustada. Temo gostar da companhia e voltar a cair nas mesmas rotinas, no mesmo padrão. Como é que nos encontramos a nós próprios? Como é que somos novas pessoas? Como é que nos descobrimos? 

Ninguém gosta de ser perfeita, mas eu queria..


Bem, eu nunca fui a rapariga perfeita, por mais que quisesse ser. Eu sou aquela rapariga que todas as manhãs acorda, e fica horas ao espelho á espera de encontrar um milagre, mas sai da casa de banho muito desiludida. Eu sou aquela rapariga que tenta estudar, que tenta compensar com livros aquilo que não tem na beleza ditada pela televisão, as revistas, a sociedade.. Bem, eu deixei que isso me controlasse. Eu sou aquela rapariga que ri de tudo e de todos, que cai e tropeça em tudo, mas chega a todas as noites e não percebe o que tem de errado. Eu nunca fui a rapariga perfeita, mas queria ser. Eu queria ser para ti. Eu não te culpo por te teres fartado de mim, talvez tivesse de ser assim, eu não sou muito interessante, nem perspicaz no que toca a esses assuntos de coração. Parece que sei de tudo, mas quando chega a mim, simplesmente não sei. Eu queria muito que tu gostasses de mim pelo o que sou, por uma pessoa diferente da que mostro ao mundo, eu não sei.. Quando as pessoas me perguntam o que via em ti, bem, talvez fosse o facto de parecer que tinhas essa capacidade de me ouvir sem suspirar, talvez porque contigo eu não sentisse necessidade de ser perfeita, estava tudo no lugar.. Tudo me parecia certo! Hoje em dia, conto os dias que não estou contigo, e acordo todos os dias com a mesma sensação que tinha há muito tempo, muito antes de te conhecer. Hoje em dia, sei que já não gosto de ti como antes, talvez porque me magoaste muito, e nunca saberás disso, e provavelmente nem vais querer saber..  Mas essa é a realidade, a verdade é que quando se quer, o amor não acaba, e não foi porque quis que com muita força de vontade te esqueci ; eu fui obrigada a isso, eu fui confrontada com uma realidade sem te ter. E quando caí nessa realidade, eu não via outra saída senão tirar  - te da minha cabeça , apagar - te da minha vida. Porque apesar de tudo, eu tinha aquela esperança que todos tem, que secalhar um dia te irias aperceber do mal que me fazias.. Mas não, isso não vai acontecer, e eu tive de cuidar de mim. Eu não podia ficar daquela maneira, de cada vez que me lembrava de ti, chorar, ouvir uma música, chorar, ler um texto, um livro, qualquer coisa e chorar.. Não, não podia ser assim, eu tive de me levantar. E quando as pessoas me perguntavam se eu estava bem, eu dizia que sim. Não porque tenho prazer em fingir. Mas porque eu tinha esperança de que, se eu dissesse muitas vezes que estava bem, isso um dia iria acontecer. E aconteceu. Ainda hoje posso falar de ti sem chorar, ou sem ter vontade de saltar da varanda do meu prédio. Hoje, só penso como estarás, só penso como andas, e o que tens feito. Sem ódio, sem ressentimento, sem mágoas. Eu nunca quis ser perfeita. Eu só queria que gostassem de mim pelo o que sou. Não sei se fingias, não sei se era apenas falsidade.. Mas tu deste - me essa esperança que alguém pode mesmo gostar de mim. Obrigada por te teres ido embora, deste uma oportunidade a outra pessoa qualquer de ocupar um lugar no meu coração. Honestamente, espero que um dia vejas em alguém aquilo que eu vi em ti. Serás uma pessoa mais feliz. Não interpretes mal o meu silêncio. Há coisas que devem ficar onde estão. Não quero que me fales, que me olhes. Sei que já não há nada para mim. Deixa - me ficar apenas com as boas memórias. O que ontem foi uma grande história de amor, cheia de promessas e juras, hoje tornou - se mais numa história silenciada pelo choro da noite. O que ontem era tudo, hoje não é nada.

Coisas inexplicáveis..

Já tiveste aquela sensação de olhares para a balança e sentires naúseas ? Aquela sensação de comeres e sentires te mal ? ires ás lojas e teres vergonha de pedir um tamanho maior porque sabes que engordaste. É inevitável. Para mim sim. Em 8 meses engordei 10 kilos. Se as pessoas me dizem que estou bonita, que estou bem, não acredito. Simplesmente não. Sinto - me cheia, sinto que ocupo espaço. Sinto - me mal. Sinto - me com vontade de chorar. Hoje sei que não posso comer mais aquilo que posso e quero. há aquelas pessoas que parece que tem prazer em ver que estou a engordar, talvez para se sentirem melhor com elas próprias. Outras simplesmente porque sim. Sinto que estou contra todos. A minha vontade é deixar de comer, talvez experimentar algo radical. Não quero enfiar nada no estomago. Hoje disse á minha mãe que nao queria comer, mas não aguentei nem até ás 14 horas, que bastou ver comida, comecei a tremer, nem me conseguia sentar.. Por mais que tente resistir, não consigo, o meu corpo pede por mais. Estou determinada a fazer isto da maneira saudável. Não quero dar nenhum desgosto aos meus pais. Mas quero caber em vestidos. Quero sentir - me bem. Magra. Quero ser como aquelas miudas das revistas. Há 8 meses eu tinha menos 10 quilos. E tinha namorado. E tinha montes de rapazes. Tinha tudo. Tudo. Com mais 10 quilos , nada. Deve ser por alguma razão...

Aquela história

Foi naquela tarde que eles deram o seu primeiro beijo. Talvez eles não fossem muito seguros de si. Nem se conheciam muito bem, mas sentiam algo um pelo o outro. A experiencia, aquilo que iriam viver, concentrou - se tudo ali. Ainda era inverno, e estava frio, aquele tipico frio de Janeiro. Aquele frio que dá vontade de aconchegar, de não ir á escola. Mas naquele momento , naquele lugar, muitas certezas viriam a ser certas. Ela era uma rapariga, segura de si por fora mas por dentro muito indecisa, e talvez um pouco confusa. Seria assim, ela estava mesmo no inicio da sua adolescencia, e foi quando o mundo começou a despertar a sua atenção e ela quis sair da sua bolha encantada. Ele, era um rapaz brincalhão, todos gostavam dele, tinha várias namoradas, era seguro, e no entanto só queria gostar de alguém a sério. Era bonito, e gostava da companhia daquela miúda, por assim dizer, gostava da sua atitude desafiadora, daquela maneira que ela lhe fazia sentir. E ali estavam eles, duas pessoas completamente diferentes, a serem iguais no coração. E daí começou tudo, aquela história de amor, aquela história linda que eles começaram a criar. No inicio era tudo muito recente, começaram por conhecer - se com coisas naturais, como os seus sonhos, o que gostavam, o que não gostavam etc, e viam como gostavam de estar um com o outro. Eles não trabalharam logo nos seus sentimentos, o que significou um problema, pois a rapariga tinha medo que esse tal rapaz se pudesse apenas aproveitar - se dela. Dando ouvidos a opiniões alheias, a relação deles atravessou um período dificil, ela quebrou tanto a confiança dele, que a menina que tinha medo de ser magoada acabou por magoar, dizendo que estava apaixonada por outro. Não é que fosse mentira, mas aquela rapariga, quando sentiu que tinha perdido aquela boa coisa, sentiu - se muito mal por ter magoado aquele rapaz que a fazia sentir tão bem. Ele podia ter tantos defeitos, ele já podia ter errado, mas ela não o queria magoar, queria ser amiga dele , queria estar com ele, queria faze - lo feliz. Então ela esforçou - se para ganhar a confiança dele novamente, e eles encararam um novo lado da relação deles, decidiram dar uma espécie de "tempo" para se conhecerem melhor e perceberem o que realmente queriam daquela relação deles. A miúda insegura, deixou de ser insegura por dentro, começou a ter mais confiança para expor os seus sentimentos, ela queria realmente expor - lhe aquilo que sentia, ela queria sentir - se especial. Aquilo era tudo novo, ela não sabia o que fazer, mas sabia que aquilo era amor. Ele deixou de ser de todas, e quis ser só dela , apesar de não namorarem "oficialmente" , ele queria ser chamado de namorado dela, e tinha saudades dela constantemente. Sim, eles tinham discussões, mas gostavam de estar um com o outro, e eles traziam o melhor do que havia um com o outro. Ela cresceu, ele cresceu, e passaram a crescer juntos de mãos dadas. Ele queria alguém para amar e teve; ela queria sentir - se especial, e teve. Tudo corria bem, e ela dava provas de querer a confiança dele, apesar dos ciúmes, apesar dos amigos e amigas, mas ela provou ser fiel. Ele provou ser paciente, saber esperar por ela, por aquela miúda, pela pequena dele. E o tempo foi passando, houve férias, e tudo o que eles os dois queriam eram estar um com o outro. Ela vivia o seu primeiro amor, ele sentia que nunca tinha dedicado tanto tempo a alguém, ou mesmo gostar de alguém assim. Aquilo era amor sem dúvida. Os "gosto muito de ti" já não eram sufecientes, o "ser amigos" não era suficiente, e quando as férias acabaram, e quando eles se voltaram a ver, o sentimento continuava lá. Ele não a pedia em namoro porque tinha muito medo, ele queria ser o namorado perfeito, sabia que nunca o poderia ser, ele só queria ser melhor pessoa para ela. Ela tinha medo de errar novamente, pela primeira vez na vida, em 1ºlugar estavam os sentimentos dele e não os dela, ela só queria fazer - lhe bem. E ao mesmo tempo tinha medo de realmente dizer lhe que o amava. Porque esta era a sua primeira vez, mas a dele não, e tudo aquilo era como dar um tiro no escuro. Foi então o primeiro "amo - te", ali naquele lugar, seguido de um beijo apaixonado, tal como o primeiro, e foi então que ambos tiveram as suas certezas. E nessa mesma semana, ele foi ter com ela, e disse - lhe finalmente o que ela tanto queria ouvir. Que ela era especial. Diferente das outras. A pessoa que ele mais queria para ele. Ela correspondeu lhe. E ali naquele seu momento ele beijou - a mais uma vez e pediu -a em namoro. Aquele dia foi um dos dias mais felizes da vida dela. Ela estava á espera daquilo, daquela prova de confiança. Era um dia chuvoso, e após aceitar aquele pedido, ela correu feliz para a sua aula, e ele para a sua, em sítios diferentes, mas os dois com o mesmo pensamento , que se amavam. Se o namoro foi fácil ? Não, não foi, eles discutiam muito, mas a verdade é que cada discussão nunca terminava com um "adeus" mas sim com um "desculpa" e uma troca de abraços. Eles amavam - se , sim, eles cresceram, já não eram as mesmas pessoas que eram naquele Janeiro, ao longo das estações foram mudando, muitas pessoas metiam - se no meio daqueles dois, mas no final do dia ? No final do dia, era nela que ele pensava antes de ir dormir, no final do dia ele era a causa de tudo o que aquela pequena escrevia. E eles amavam - se, e discutiam, e amavam - se e havia ciúmes, e ela queria mais atenção dele, e ele queria ser o único na vida dela, e ela pensava que ele não gostava tanto dela como ela dele, e começou assim, e foi assim, e acabou assim. Da mesma maneira como elas começaram numa tarde de Inverno, acabou numa manhã de Verão. Eles mudaram , sim , ao longo das estações. E foi isso que aconteceu. Apesar de se amarem, aquilo comecçou a tornar - se repetitivo. E aquele rapaz , aquele de quem ela tanto gostava.. Bem, desta vez foi ele que traiu a confiança dela. E do nada, ele decidiu que já não valia mais a pena. Disseram - se coisas horríveis. E desta vez a discussão não terminou com um abraço. Terminou com um "adeus". E tudo aquilo que eles podiam ter sido, não foram, pois aquele rapaz decidiu menosprezar os sentimentos da sua pequena. Aquela rapariga que antes estava a viver um sonho, começou a viver o pesadelo. Sentiu - se trocada, triste, confusa. Ela não compreendia. Ele agora estava a viver tudo de novo com outra rapariga. Foi num estalar de dedos e arranjou outra. E aquele menino? Ele já não é o mesmo. E aquela menina? Também não. Nenhum deles estava á espera. E uma coisa que aquela menina aprendeu, foi que , temos de saber seguir  o coração , mas também ouvir a razão. E aquele menino? Eu não sei o que ele aprendeu. A verdade é que já não falo com ele há muito. Aquela menina? Sou eu. O que aprendi foi que, nem tudo dura para sempre. Que temos de seguir em frente. Como já disse uma vez, o que antes era uma grande história de amor agora já não é nada.

mais um dia assim..


Hoje foi mais um dia normal. Acordei a uma hora relativamente cedo para quem está de férias, e olhei - me ao espelho como sempre, contemplando aquilo que o Sol me fizera á cara.. Ainda há uns dias tinha acordado com um escaldão na cara, e hoje recebo as peles. Eram 7h30 da manhã. A esta hora, em plenas férias, pessoas da minha idade ou estão a acabar as suas noites em que ficaram acordados, ou simplesmente dormem profundamente. Mas eu levanto - me todos os dias, a essa mesma hora, com um propósito maior do que dormir: emagrecer. Telefono a uma amiga para vir comigo. Preferia fazer isto sozinha, porque não haveria tentação de parar, estaria eu a menosprezar - me sozinha enquanto corro por sítios que sei que são practicamente desertos. Mesmo assim vou buscá - la a casa, e sei que não vai resultar. Não tomo o pequeno almoço, porque não me quero sentir ainda mais gorda, e lá vamos, e caminhamos. Eu queria correr, queimar calorias, mas ela não quer, e vamos a conversar, e nem vamos em passo de caminhada. Sinto - me a esmorecer enquanto a oiço falar, sei que não estou a queimar nenhuma caloria, até que nos sentimos cansadas por andar apenas a andar normalmente por subidas e descidas. Ela oferece - se para pagar um gelado, e eu feita cega, aceito, e la compramos dois gelados estilo haggen daz, mais um pacote de batatas fritas para acompanhar com molho de alho. Verdadeiramente delicioso, devo acrescentar. Sentamo - nos no sofá dela, e comemos até nos fartarmos, falamos e vemos televisão, até que chega hora de ir para casa. Senti uma certa urgência de me fechar numa casa de banho com vergonha, mas não o faço em casa dela, e vou para a minha. A minha casa tem estado cheia. Não posso ter um momento para mim. A minha mãe diz para irmos almoçar , quando só quero é vomitar. Como uma sopa a custo, e todos estranham por comer tão pouco. Mal eles sabem que por dentro estou a morrer. Acabo, e vou á casa de banho com medo. Sinto - me enjoada, e fico lá um bom tempo só por estar. É então que pego na escova de dentes, e enfio - a na boca. Honestamente não sei o que estava a pensar. Eu já tinha pesquisado como se fazia, o sitio correcto para por a escova, e sair tudo cá para fora. E não saiu. Depois de várias tentativas falhadas, olho - me ao espelho, cansada e cheia de olheiras, sem ninguém com quem poder falar. Saio da casa de banho, disfarçando, e vou em direção ao meu quarto, onde me deito e durmo, e afogo - me nos meus pensamentos.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Sentimentos estranhos

As mesmas rotinas, as mesmas paredes, as mesmas coisas por onde quer que ela passe ? Onde estaria a mudança ? Onde estaria a vontade de liberdade? Será que tinha tudo desaparecido ? Ela acorda a medo, sai da cama, lava - se, e senta - se a tomar o pequeno - almoço. Já tentou saltar essa refeição, mas simplesmente não consegue. Não quer sair de casa, não quer conviver. E para alguém tão novo, isso não seria estranho? Agora era as mesmas coisas, todos os dias. Estar de férias não sabia assim tão bem. Mas sabia bem pensar que estava longe dele, daquela "pessoa". Estar longe dos corredores, e daquelas pessoas que ela via todos os dias, constantemente. Ela estava num meio termo. Não queria estar sozinha, mas também não queria ver ninguém. Mas forte ela não era. Ela nunca tinha sido. Talvez fosse boa actriz. Talvez conseguisse disfarçar. Mas o coração continuava fraco. Continuava estúpido. Frágil. Mas a cada dia ela conseguia disfarçar. Sim , ela disfarçava muito bem.

Um novo acordar..

O despertador toca, e ela tenta encontrá - lo por debaixo dos lençois. E continua a tocar e a tocar, até que ela o agarra, e desliga, seguido de um suspiro . "A noite passa demasiado depressa" - pensa ela desconsolado. O nome dela era Sofia, e ela era uma pessoa indecisa, chorosa, e neste momento insegura. Quando outrora era uma pessoa confiante, e sempre com um sorriso na cara. Mas desta vez não, os acordares dela eram tão.. tão monótonos. Parecia que aquela "pessoa", aquele de quem ela se recusava a falar lhe tinha tirado a alegria, lhe tinha tirado tudo. E a cada dia que passava ela sentia - se mais estúpida e mais burra. E a cada dia que passava ela sentia cada vez mais que a comida era uma batalha a ser travada, sentia - se feia, inutil. E sentia que não tinha ninguém a quem recorrer. Sim , ela tinha posto todas as suas esperanças e sonhos em alguém que acabou por ir, sem aviso, sem piedade. E agora ela estava lá, rodeada de gente, mas sempre com saudades de uma parte dela, que tinha morrido para sempre. E ela sabia que era mesmo para sempre, porque quando acaba de vez, o coração morre por segundos. O mundo cai, e ouve - se cacos , a deslizarem para o chão, em forma de lágrimas. O problema de se ter o coração partido, é que o mundo não pára para o consertarmos como deve de ser. E assim, ela teve de se apressar, para a sua nova vida, para uma vida de acordar e não se sentir viva. Para aquela vida onde todos perguntam: estás bem ? E ela só diz: sim, estou. Mas sem dizer a verdade, claro.